Deus, Pátria e Família
Esse foi o lema do movimento integralista brasileiro nos anos 1930. Inspirado nas organizações e ideais fascistas, foi liderado por Plinio Salgado.
Para Plínio Salgado, o integralismo é “[…] um pensamento que vem de Cristo e vai para o Cristo […]”, pois, segundo ele, “[…] sua base está em Deus e sua inspiração nos Ensinamentos do Evangelho” (SALGADO, 1956, p. 320, v. XVII)
O mesmo lema “Deus, Pátria e Família” está sendo usado agora como elemento de identidade do novo partido de Jair Bolsonaro, “Aliança pelo Brasil”. Nada mais adequado.
As lideranças de ambos os movimentos são personalidades supremacistas e autoritárias e exibem a mesma insistência na manipulação da moral e linguagem cristãs e de uma combatividade contra a esquerda para sustentar um discurso de violência política (pra não falar das milícias).
Ambos os movimentos consistem numa aliança obscena entre igreja, militarismo, ideologismos radicais e interesses econômicos escusos. São duas formas de cristofascismo. Primeiro como tragédia, no integralismo brasileiro, agora como farsa, no bolsolavismo.